Secretário pede demissão em meio à crise na saúde pública do RJ
Em meio à mais grave crise da Saúde do Estado do Rio de Janeiro, com salários de servidores atrasados, falta de insumos, e emergências e Unidades de Pronto Atendimentos fechadas, o secretário de Estado de Saúde, Felipe Peixoto, anunciou que vai deixar a pasta em 31 de dezembro / 15.
No Rio, em Dezembro com a chegada do
verão, chegam também pessoas de várias regiões do Brasil e do mundo, estando aberta a alta temporada, tanto para turistas como para mosquitos principalmente
em época de aquecimento global. (ano 2015 o mais quente já registrado).
Teoricamente nesta época, os serviços
de saúde como as vigilâncias epidemiológica e sanitária já devem estar operando
preventivamente e em estado de alerta quanto às notificações de doenças
tropicais como a Dengue, Chikungunya, Zika e a Febre Amarela Urbana, caso venham a ocorrer na região.
Isto é muito importante por 2 razões
básicas:
1º) O turista pode chegar portando
algum tipo de vírus e disseminá-lo durante a aglomeração humana, caso haja a
presença do vetor (mosquito).
2º) O turista, pode se contaminar e
levar o vírus quando voltar para sua terra de origem, facilitando a
disseminação da doença para outras regiões.
Na prática, como os Serviços de Saúde (municipal,
estadual ou federal), poderiam alertar aos governantes quanto ao risco de uma
epidemia ou da circulação de vírus no Rio de Janeiro, considerando que embora a solução seja técnica, a
decisão é sempre política?
Como inibir a famosa festa da passagem
de ano, já na entrada de Janeiro, onde ocorre a queima de fogos na praia
de Copacabana e este espetáculo é observado por um público estimado em 2
milhões de pessoas, tanto em terra como no mar, nos inúmeros transatlânticos
fundeados na Baía da Guanabara?
Esta superestrutura mondada para o
reveiloon fomenta a Indústria do Turismo
de Copacabana.
Como impedir em Fevereiro, o carnaval,
considerado uma das maiores festas do Brasil, onde participam toda a população
seja rica ou pobre, juntamente com milhões de turistas?
As grandes emissoras de TV pagam uma
verdadeira fortuna pela exclusividade da transmissão e alimentam a Indústria do Carnaval Carioca.
Mosquito Aedes aegypty
Em Março, os focos de mosquitos da espécie Aedes aegypti atingirão níveis assustadores; com
certeza, mais uma tragédia previamente anunciada, porém renegada a 2º plano, ou
melhor, uma grande oportunidade em ano de eleição de movimentar a chamada Indústria das Epidemias, com a compra
de equipamentos, medicamentos e contratação de pessoal, etc. Tudo em carácter
emergencial, sem licitação e com super faturamento. Mais uma festa da
irresponsabilidade.
Chega Abril, e nós técnicos, bacharéis,
cientistas e cidadãos brasileiros teremos a oportunidade de desenvolver a Indústria das Indenizações Milionárias,
fazendo valer nossos direitos, podemos inclusive, buscar as estratégias com o
povo norte americano (que sabe como processar o Governo).
Chegam a 2.782 o número de casos associados ao Zika Vírus no Brasil (Zero Hora , 22/12/15) |
Na realidade, além do combate ao mosquito, o importante agora é dificultar a circulação dos vírus pelo trânsito e aglomeração de pessoas.
Segundo Leonardo Boff: "Estamos diante de um momento crítico da História da Terra, numa época que a humanidade deve escolher seu futuro..." (Carta da Terra).
Um bom exemplo aconteceu em (1999) em Nova York, EUA, onde um cidadão processou o prefeito da cidade porque o seu parente próximo havia morrido por uma doença contagiosa, vinda da margem ocidental do Rio Nilo (Febre do Nilo - África), trazida por aves migratórias contaminadas que chegaram aos EUA, sendo o vírus transmitido também por mosquitos. No total 7 pessoas morreram e 62 apresentaram sintomas da doença.
Rapidamente, todo o aparato Nova Iorquino
de Saúde entrou em ação e a doença foi controlada.
No ano seguinte (2000), no mês de julho,
o prefeito de Nova York cancelou a apresentação da Orquestra Filarmônica de
Nova York no Central Park, coração da ilha de Manhattan, onde mosquitos
infectados foram encontrados.
O prefeito nova-iorquino, Rudolph
Giuliani, disse que mosquitos infectados com o vírus foram detectados em três
locais distintos, dois no Central Park e um em Staten Island. Dezenas
de milhares de pessoas eram esperadas para a apresentação. Mas o prefeito disse
que seria correr riscos demais permitir que uma multidão dessa dimensão
estivesse exposta ao vírus.
"O
concerto traria entre 30 e 40 mil pessoas ao parque, e o comissário de saúde
Neal Cohen disse que era recomendável o seu cancelamento", afirmou o prefeito na ocasião. Foi a
primeira vez em 34 anos que a Filarmônica de Nova York teve um concerto
cancelado.
Mas as indenizações, foram pagas !!!
O governador Pezão do Rio e a presidente Dilma |
O município de Campinas em São Paulo dá o exemplo
Jornal Destak
Além do Rio, cidades do nordeste como Salvador na Bahia e Recife em Pernambuco deveriam adotar tal medida. |
Ouça a música Aquele Abraço - Gilberto Gil, pela voz de Tim Maia - Click aqui |
Literatura recomendada: A próxima
peste – Novas doenças num mundo em desiquilíbrio – Laurie
Garret , editora Nova Fronteira.